quinta-feira, 2 de julho de 2015

Não Dá Para Controlar... Pessoa Ovelha Negra!

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Todo grupo tem sempre aquela pessoa que resolve contrariar e levar uma vida considerada fora do padrão. Mas quem é visto como diferente em um determinado grupo ou momento vai ser necessariamente assim a vida toda? Ou todos nós podemos ser ovelha negra dependendo do rebanho?

Ser fora do padrão, na escola, no trabalho ou mesmo na família, é desalinhar dessas pessoas e parecer estar fora do lugar de onde deveria estar. Mas isso não quer dizer que se você é assim com um determinado grupo ou situação da sua vida, que vá ser em todos. Todos nós, todos mesmo, em algum momento, temos um desencaixe.

O problema é que ser diferente soa ruim, o “diferente” carrega um peso grande nas costas e paga um preço alto demais. E a expressão ovelha negra pegou carona nisso e é utilizada, na maioria das vezes, no sentido negativo. Tudo isso porque como conta a história, os pastores preferiam as ovelhas brancas pelo maior valor de mercado (já que a lã branca podia ser tingida), e as negras geralmente não acompanhavam o rebanho.

Acontece assim com a gente, como se isso fosse ruim. Mas não é. Ainda bem que existem e sempre existiram as ovelhas negras. Já pensou em quantas coisas que temos hoje poderíamos não ter se algumas pessoas acompanhassem sempre o rebanho e não seguisse o seu próprio caminho? Pois é! Ovelhas negras também são desbravadoras, questionam o status quo, e claro, incomodam o tradicional.

No fundo é só uma questão de ponto de vista. Ser ovelha negra não quer dizer que você é alheio, apenas está fora do convencional que esperam de você. Porque a sociedade coloca um padrão que deve ser o “normal” e se você estiver fora, você é diferente, é a ovelha negra. Aí isso é considerado ruim e você vira alvo. Mas as pessoas se esquecem que a lã que nos caracteriza como únicos não pode ser tingida.

Em rebanhos estamos imersos sempre. E há uma seleção natural em que surgem ovelhas diferentes, que não se deixam tingir, nem deixam que limitem suas escolhas. Como já dizia Rita Lee: “Não adianta chamar quando alguém está perdido procurando se encontrar”. Porque às vezes é isso, a pessoa quer se perder para se encontrar. A pessoa que é ovelha negra só quer a sua liberdade de não pertencer ao trajeto de certos rebanhos, para a infelicidade de alguns pastores.  Seria bom se todos parassem de se preocupar em discutir a cor da lã e o seu valor, e focassem nos dons inerentes a cada ovelha. E sinceramente? Antes ovelha negra...do que uma vaca qualquer!

domingo, 17 de maio de 2015

Não dá para controlar... a lei da inércia na vida!

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Na vida é sempre mais fácil continuar como tá. Tudo conspira para a inércia. É, eu sei que estudamos isso nas aulas de física, mas você já parou para pensar se essa lei se aplica a sua vida?

Galileu chamou de inércia a tendência que os corpos apresentam para resistirem à mudança do movimento em que se encontram. Ou seja, o corpo permanece em repouso ou em movimento retilíneo uniforme. Aplicação na vida? Tudo na mesmice! 

É isso mesmo, a lei da inércia na vida se aplica a pessoas que vivem num estado de paralisia. E assim como diz a lei da física, na vida, qualquer pessoa que está nesse estado de paralisia terá tendência a continuar assim, até que alguma força atue sobre ela. O que também me faz lembrar aquela outra lei, da ação e reação. Mas você há de convir comigo que tem gente que desafia as leis da física! Parece que essas pessoas não estão prontas para acordar, nem com uma força agindo sobre elas. São tão inertes que não reagem.

A lei da inércia também diz que se um corpo estiver em movimento, terá também tendência a continuar o seu movimento, até que uma força atue sobre si. Quem nunca? Quem sempre? Quem nunca foi interrompido e teve que mudar o percurso? Quem sempre resiste às mudanças e permanece com o mesmo movimento? A questão não é a intensidade, mas sim a constância com que as coisas acontecem (ou não).

Manter um modelo de vida inerte parece um plano perfeito. É apoiado em fórmulas muito bem calculadas, ou em meros paradigmas, que na maioria das vezes não serve pra muita coisa. Pois acontece, meus caros, que na vida não existe preceito estabelecido para regular qualquer mobilização ou mesmo o repouso. Então não vamos nos deixar levar pelo excesso de estagnação ou escassez de movimento. Sabe a lei do equilíbrio? Pois é. Acho que assim que a “banda” toca, ou pelo menos deveria.

Sabe o que eu acho que anula a lei da inércia? A energia que você coloca estando em repouso ou em movimento. Tem uma outra lei da física que diz que quando uma energia é perdida em uma reação, ela é transformada em uma energia de outro tipo. Então se por ventura você estiver inerte, não perca a sua energia, transforme em outra muito maior. 

Mas falando sério: quantos de nós não tem problemas de inércia? Com certeza todos nós, em algum momento, fica com o que é conveniente. E a inércia é conveniente. O duro é ver gente que faz disso uma eternidade. Poucos indivíduos realmente apreciam movimentar-se, mudar de direção e acelerar. Vamos ter em mente que de vez em quando é preciso aquela sacudidela nos ossos e tirar a poeira debaixo do tapete das nossas atitudes e pensamentos imutáveis.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Não dá para controlar... corrupção!

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Não, não é sobre política. É sobre caráter. E qualquer semelhança, nesse caso, não é mera coincidência. Mas sim, mera consequência. O assunto nunca esteve tão em alta, mas lamento informar: não é de hoje. Venha, sente aqui e vamos conversar sobre corrupção.

Muito se engana quem pensa que corrupção se restringe à política. Na verdade isso não passa de uma extensão da prática já feita há muito tempo e sendo “normal” do que você possa imaginar. A corrupção é uma velha conhecida de todos nós brasileiros. Porque sim, somos todos corruptos! Ah, não fique chocado. Está na hora de encarar a realidade. Está na hora de parar de falar desse assunto em terceira pessoa. Está na hora de reconhecer a nossa parcela de culpa nesse “jeitinho” todo nosso!

Todos nós em algum momento (ou com certa frequência) já corrompemos, subornamos, adulteramos, burlamos as regras, e o que é pior: com a maior naturalidade do mundo, quer dizer, do Brasil. A corrupção nos abre um leque de incidência que via de regra nós não identificamos no nosso dia a dia, por não “incomodar”, por não parecer tão grave assim e pelo absurdo de já estarmos acostumados com tudo isso.

E é justamente aí que mora o problema (ou a solução?): o fato de essas pequenas atitudes levianas terem um caráter de insignificância. Mas isso não anula o fato de ser corrupção. E infelizmente é assim que começa. Nossas pequenas atitudes diárias de corrupção contribuem e patrocinam algo muito maior.

Há quem diga que subornar um guarda de trânsito é bem diferente de assaltar os cofres públicos. Pode ser diferente na gravidade, mas parte da mesma motivação de desvio de conduta. Sejam pequenas, médias ou grandes, ações corruptas são ações corruptas. Pequenas atitudes de corrupção sempre realimentam mais atitudes de corrupção. E é aí que temos que parar e refletir, antes mesmo de cobrar honestidade.

O caminho longo que temos a seguir de combate à corrupção começa com a percepção desse mal pela sua raiz, mas tá difícil, viu?! Uma pesquisa feita pelo Instituto Vox Populi, em 2012, apontou que um em cada quatro brasileiros (25%) não vê o suborno de um guarda como corrupção, enquanto 35% dos entrevistados não veem como corrupção atitudes como a sonegação de impostos. É o que eu disse: o absurdo de estarmos acostumados, de ser normal. Mas por favor, quando vamos entender que não é?!

Vamos fazer a mea culpa sim. É completamente absurdo pensar que alguém seja canalha ou corrupto o tempo todo, mas em alguns momentos de escolhas já agimos assim. Em alguma situação ficamos alheios ao bem comum e quisemos tirar vantagem. Nós deliberamos nossa própria trajetória, projetamos situações desejadas, decidimos sobre caminhos e descartamos outros, sempre intervindo e transformando o mundo a nossa volta, por isso devemos pensar nas nossas pequenas atitudes diárias, nessas corrupçõezinhas que podem garantir nosso conforto pessoal e atrapalhar a convivência com as outras pessoas.

Bom, se quisermos mesmo, de verdade, avançar nesse assunto precisamos reconhecer que aceitar pequenas corrupções é aceitar qualquer corrupção. Agora, se me dão licença, preciso fazer uso de Martin Luther King quando ele dizia: “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que me preocupa é o silêncio dos bons.”. 

terça-feira, 28 de abril de 2015

Não dá para controlar... falta de entrega!

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Cada vez mais as pessoas são pela metade. Pensam pela metade. Sorriem pela metade. Amam pela metade. Vivem pela metade. E a única coisa inteira nisso tudo é a falta de entrega!

Sinto falta de pessoas que se jogam, sem se preocupar com a maré; de pessoas que mergulham, sem se preocupar com a profundidade. Mas é justamente isso que ninguém quer hoje em dia: remar contra ventos fortes e sair da superfície. Só eu tenho incapacidade da vida prática e gosta do que tira o fôlego? Eu espero que não! Está tudo assim meio fora do lugar, tudo parece tão impessoal.

Há uma falta de entrega em tudo, ninguém quer se comprometer. Com nada. Com ninguém. E isso parece uma epidemia, que cada vez mais contamina as pessoas. Porque ninguém quer ser profundo, dá muito trabalho. Ser superficial é mais fácil, ser pela metade não tem tanto desgaste, sabe?!

E eu vejo essa falta de entrega por todos os lados: nos relacionamentos, ambientes de trabalho, na sociedade, em tudo. Parece um medo de se envolver e querer agir apenas como expectador. Há sempre um resquício da dúvida. E isso é meio assustador porque quando a pessoa não está entregue é uma meia pessoa que produz meias verdades, meios carinhos, meios amores, quando deveria ser tudo inteiro e de verdade.

A sensação que eu tenho é que existe uma espécie de blindagem em todo mundo hoje em dia, uma barreira invisível e resistente que não te deixa alcançar a verdadeira pessoa que está por trás dessa fortaleza de meios sentimentos e meias emoções. As pessoas não estão dispostas à cumplicidade. E é como se elas não sentissem necessidade disso. A bolha em que elas estão, basta. Talvez por isso tudo pareça ser tão fugaz e inalcançável. É como se interpretassem um papel que não as pertence.

Acho até que as pessoas vivem em uma espécie de poda de si mesmas: querem ser, mas acham que não podem; querem ir, mas acham que não devem. É uma falta de entrega até em querer se entregar. Ah, devo confessar que pessoas pela metade me cansam, não suporto meio termos. Não gosto de voar de pés no chão. Não faço a linha mais ou menos.

Aí nessas horas sempre aparecem àquelas teorias (que pra mim são feitas por pessoas pela metade) que dizem que temos que ficar na defensiva para nos proteger. Uma metade vive e a outra não se compromete e se mantém intacta. Mas de que adianta viver pela metade se temos o mundo inteiro? 

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Não Dá Para Controlar... estereótipos!

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É engraçado como as pessoas medem você pelo que você parece e não pelo que você realmente é. E assim vão colocando você dentro de enquadramentos, consequência de julgamentos concebidos de suposições, achismos e opiniões alheias. É, não dá para controlar os estereótipos!

Qualquer movimento que você faz, a roupa que você usa, a música que você ouve, ou até aquilo que você deixa de fazer, é suficiente para você ser taxado de alguma forma e ser colocado no altar de algum padrão que as pessoas simplesmente determinam sobre você. Essas generalizações que nós fazemos o tempo todo sobre os outros, e que os outros fazem o tempo todo sobre a gente, geralmente são carregadas de preconceitos.

Preconceito sim. Os estereótipos são impostos e se convertem em rótulos, muitas vezes pejorativos, a partir das impressões que se tem das características ou comportamentos de grupos sociais ou indivíduos. Porque tem que ser assim? Isso nos leva a um entendimento errôneo e tão substancial, né?!E essas interpretações muitas vezes já estão incutidas no subconsciente, que parece automático fazer certas associações e estereotipar as coisas e as pessoas.

É aquela velha história: a mulher super bonita e arrumada, não pode ser inteligente, tem que ser fútil; já a inteligente, não pode ser elegante e se vestir bem, e deve ser “feia”; o nerd com certeza usa óculos, é atrapalhado e tem o rosto cheio de espinhas; Infelizmente é bem por aí que as pessoas encaixam os outros na sociedade.

Mas estereótipo pra mim é algo desprovido de originalidade, cheio de inverdades e repleto de clichês! Serve para as pessoas colocarem os indivíduos que as cercam dentro de caixas. E uma vez interiorizado é replicado de uma maneira quase mecânica como nesses exemplos. Mas se há algum lado bom nisso tudo é a surpresa que o estereótipo te causa. Quem nunca falou sobre alguém: “nossa, eu pensava outra coisa de você”, depois que conheceu de verdade e se deparou com a desconstrução da imagem estereotipada e pré – concebida de tal pessoa?!

É, só que o problema é que os estereótipos causam barreiras invisíveis que impendem as pessoas de fazerem uma análise um pouco mais apurada. À medida que eles são criados, levianamente, são reforçados constantemente, em visões simplificadas da realidade e são altamente resistentes a mudanças. Assim acabam influenciando percepções e atitudes que nos cegam e nos impedem de enxergar as coisas e as pessoas como elas realmente são.

Quer um conselho? Saia da caixa. Esqueça os estereótipos e viva sem culpa. Eles sempre vão existir e a gente não vai morrer por isso!

quarta-feira, 18 de março de 2015

Não dá para controlar... intolerância!

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Talvez não seja a violência, o terrorismo, a guerra, o ódio, a inveja, nem tampouco as diferenças, o maior problema do mundo. Mas sim, a verdadeira causa que faz com o que tudo isso aconteça: a intolerância.

A intolerância, meus caros, tal qual como define o dicionário é uma atitude mental caracterizada pela falta de vontade em reconhecer e respeitar as diferenças, sejam elas quais forem: crenças, atitudes, opiniões ou escolhas. É isso mesmo. A humanidade está doente de intolerância. As pessoas não respeitam os outros, não toleram aquilo que é diferente do que elas pensam ou do que elas são.

As pessoas estão cada vez mais indispostas a aceitar pontos-de-vista diferentes dos seus. Parece que às vezes não é uma questão apenas de não aceitar, mas de querer calar aqueles que têm opiniões divergentes, de querer insultar aqueles que são diferentes. E essa ausência de tolerância é expressa com uma atitude tão negativa e hostil, que vem carregada de ódio, capaz de incitar muita agressividade. E daí para a violência é um pulo.

Porque vocês acham que o Brasil lidera o ranking de violência contra homossexuais? Intolerância. Porque existe tanto terrorismo no Oriente Médio? Intolerância. Porque ainda sofremos com o racismo? Intolerância. Porque o número de pessoas que sofrem de bullying cresce cada vez mais? Intolerância. Porque pessoas de esquerda e de direita têm trocado ofensas constantemente? Intolerância. Porque existem muitas brigas de torcida e muitas acabam em morte? Intolerância. E eu poderia continuar citando e citando tantos outros casos e situações que começam com a intolerância.

Não, não pense que isso tudo está muito distante da sua vida. Existem formas muito comuns de intolerância que incluem ações discriminatórias e desrespeito a qualquer ideia de qualquer pessoa. Tudo o que eu vejo são pessoas que pensam e agem diferente, trocando farpas e ofensas, pela incapacidade de acatar as escolhas alheias, como se as suas fossem as únicas aceitáveis, cabíveis e absolutas. E ainda tem gente que diz que vivemos numa democracia, num estado laico e que batem no peito defendendo a liberdade de expressão. Então, mais coerência, por favor!

O médico canadense Gabor Maté, especialista em psicologia do desenvolvimento, fala em seu livro “Scattered Minds” que estamos criando uma geração com menores recursos neurológicos para sentir empatia pelo outro. Socorro! Isso definitivamente é muito assustador.  Vamos deixar essa arrogância de lado, vamos fazer a nossa “mea culpa” e colocar a mão na consciência, essa intolerância toda não leva a lugar nenhum. Ou melhor, leva sim, a índices cada vez maiores de barbárie. Se o que desejamos tanto é um mundo melhor, então com certeza, o respeito e a compreensão são os primeiros passos para fazer esse mundo melhor.

Cada um de nós não precisa de aceitação, nem de aplausos pelas nossas escolhas, só precisamos ser respeitados e respeitar o próximo. Ninguém precisa morrer de amores um pelo outro, nem mesmo concordar com o que o outro diz ou faz. Deve ter apenas uma boa dose de respeito. É pedir muito?

domingo, 8 de março de 2015

Não dá para controlar... mulheres!

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A saia pode ser mini. O corpo pode estar com uns quilinhos a mais. A cozinha pode não ser o seu forte. O trabalho pode ser sua prioridade. Outra mulher pode ser sua opção.  O que não pode ser mini é a mente das pessoas. O que não pode estar a mais é a cobrança pela perfeição.  O que não pode ser o seu forte é satisfação alheia. O que não pode ser prioridade jamais é a desigualdade entre os gêneros. O que não pode ser uma opção nunca é o preconceito. E o que pode ser sempre como quiser? As mulheres!

Um misto de sensibilidade, força e atitude. Assim são as mulheres. O ser mais singular que existe por ser feito de tantos plurais. Só as mulheres conseguem ser tão contraditórias e uniformes ao mesmo tempo. Só as mulheres conseguem ter tanto antagonismo em uma só personalidade. Só as mulheres conseguem viver dramas sorrindo. Só as mulheres conseguem ter muita coragem cheias de medos. Só as mulheres conseguem ser o que só elas conseguem.

Ah, as mulheres! Tantas complicações, confusões e interpretações em um universo tão diverso, que muitas vezes, só elas entendem – ou não.  Eu posso afirmar, como mulher, que somos bivolt: vamos de 110 a 220 facilmente e também funcionamos em qualquer voltagem que nos colocarem, talvez esse seja o nosso maior poder. E é da nossa natureza ser mutável e adaptável. Mas o que mais incomoda a alma feminina são as condenações limitadas e engessadas de prerrogativas para mantê-las dentro da caixa que não as cabe.

Quando as mulheres usam sais curtas ou decotes, elas não estão querendo, nem muito menos pedindo, para serem assediadas ou estupradas. Elas não estão se oferecendo. Apenas estão usando saias curtas e decotes. Porque gostam, porque querem e porque são livres para usar.

Quando as mulheres gostam de se arrumar, usam maquiagem, gastam dinheiro com sapatos e bolsas, se preocupam com a beleza, querem estar de cabelos arrumados e unhas feitas, não quer dizer que elas são superficiais e fúteis. Apenas estão fazendo coisas normais para se sentirem bem consigo mesmas.

Quando as mulheres não estão afim ou não sabem cozinhar, e em vez disso, cuidam de suas carreiras e vida profissional, não significa que elas não são mulheres para casar ou não estão aptas para exercer o seu papel. (Aliás, que papel? O de Amélia?). Elas apenas não têm dotes culinários e preferem o escritório. E quando as mulheres mandam bem na cozinha, não trabalham fora, cuidam do marido e dos filhos, não quer dizer que ela não é uma mulher moderna e é submissa. Apenas que tem a casa e a família como prioridades.

Quando as mulheres estão de jeans rasgado, chinelo, uma camiseta qualquer, sem maquiagem e até com uns quilinhos a mais, não querem demonstrar que são relaxadas ou muito menos que não são mulheres. Apenas querem de vez em quando, ou sempre, estar dentro de um padrão que elas gostam e não o que a sociedade impõe.

Quando as mulheres se relacionam com outras mulheres, com homens, são solteiras aos 35, em cada festa beijam um diferente ou guardam sua virgindade para depois do casamento, não significa que existem “mulheres” e “mulheres”. Apenas que existem mulheres que querem ser feliz diante de suas escolhas.

Quando as mulheres estão chatas, carentes, loucas e irritadas na TPM, elas não estão com frescura. Apenas estão com Tensão Pré Menstrual, sentido dores absurdas, com o corpo inchando e tendo que agir normalmente.

Quando as mulheres não choram por qualquer coisa, não gostam de ganhar flores e não fazem a linha princesa, não é porque elas são insensíveis. Apenas não demonstram seus sentimentos como a maioria espera. Quando as mulheres se derretem facilmente e choram por qualquer bobagem, não quer dizer que elas são frágeis. Apenas têm os sentimentos mais a flor da pele.

E quando as mulheres conseguem ser tudo isso, não significa que elas têm transtorno bipolar ou enlouqueceram. Elas apenas estão sendo mulheres. Muitas, em uma só. E nada tem a ver com um manifesto feminista ou machista, porque ser mulher de verdade vai além de qualquer ideologia. No fundo, no fundo, todas só querem compreensão pelo caminho que decidiram seguir, sem qualquer tipo julgamento, rótulo ou enquadramento pré-concebido por quem quer que seja.

Num dia tão emblemático e comemorativo, o dia escolhido para lembrar a luta e real importância das mulheres na sociedade, espero que não se sobressaia qualquer coisa passageira e menos relevante do que aquilo que deve ser lembrado durante todos os outros dias do ano e o que todas as mulheres de fato merecem: RESPEITO! 

sexta-feira, 6 de março de 2015

Não dá para controlar... encontros e desencontros!

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Tem sempre alguém chegando, quando alguém está partindo. E tem gente que chega pra ficar, enquanto tem gente que vai pra nunca mais voltar. Todos os dias é esse vai e vem. Como já dizia o poeta, a vida é a arte do encontro, mas também há muitos desencontros pela vida.

A vida é um caminho onde conhecemos pessoas. Amamos uns, não gostamos de outros, acompanhamos muitos e deixamos alguns. Mas inevitavelmente, encontramos todos. A arte de encontrar é ao mesmo tempo esperada e imprevisível. Pois sabemos que os encontros vão acontecer, mas não sabemos como vão acontecer, e o mais importante: como eles vão nos transformar.

A vida está sempre nos reservado encontros desde que nascemos: encontramos nossos pais, nossas famílias, colegas de escola, do bairro, da faculdade e do trabalho. Estes são alguns dos encontros os quais nós sempre esperamos e prevemos. Nós sabemos e somos treinados para encontrar pessoas nestes diferentes momentos da nossa trajetória. Mas, muitos destes, são encontros que também são despedidas. Porque são efêmeros, apenas confluências momentâneas.

Agora existem os encontros inesperados, os melhores. Aqueles que a vida nos reserva para mudar o curso do nosso rio. São encontros que nos transformam e que nos ajudam a sermos quem somos. São responsáveis por construir e escrever a nossa história. Alguns destes costumo dizer que são encontros de alma, porque vão além de qualquer coincidência casual, são encaixes perfeitos.

E não posso deixar de falar das pessoas que anseiam certos encontros, que procuram e que buscam em qualquer esquina criando muita expectativa a cerca disso. Alguns realmente não foram feitos para acontecer e acho que toda graça do encontro está em não provocar, em não escolher, mas sim no fato dele simplesmente surgir e nos surpreender. O encontro é uma colisão natural ao longo do percurso.

Mas faz parte também se perder no caminho e nos desencontrar das pessoas. Alguns dos desencontros nós favorecemos, nós queremos mesmo, outros, a vida que impõe tal divergência. Enxergo os desencontros como encontros que não deram certo ou que não foram feitos para acontecer. Embora nós não estejamos preparados nunca para nos desencontrar, faz parte da vida.

Eu gosto muito de fazer uma alusão a uma viagem de trem, são chegadas e partidas constantes, como os encontros e desencontros da vida. E nesse antagonismo vamos vivendo do legado que deixamos e trazemos com todos aqueles que esbarramos ao longo do nosso caminho.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Não dá para controlar... pessoas que voam!

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Todos nós temos asas. E embora algumas pessoas não as usem, todas podem voar. Uns voando mais baixo, outros voando sempre alto, e ainda alguns, que não se importam com altitudes, apenas voam, apenas vão.

Tem gente que nasce mesmo com esse sentimento de desprender-se do mundo, das coisas e das pessoas. Isso não significa não amar, não sentir saudade, não se importar, mas é a vida que chama para voar. Voar em razão do seu coração. Na verdade, acho que todos nós somos assim, mas alguns não cabem em si. Sua ordem é seguir sempre, sempre em expansão. Encantam-se pelo movimento. Envolvem-se pela inquietação.

As pessoas que voam sempre deixam um pedaço de si por onde passam e levam um pouco de tudo para onde vão. E é isso que as fazem completas: os voos do caminho e as experiências em cada pouso. Se você conhece alguém que gosta de voar, deixe-a ir. Como dizia Leonardo da Vinci: "Uma vez que você tenha experimentado voar, você andará pela terra com seus olhos voltados para o céu. Pois lá você esteve e para lá você deseja voltar.".  

Acontece também que às vezes não é uma questão de querer ir, mas de ter que voar, ou, de simplesmente não poder ficar. Porque voar é uma libertação. Mas não é fácil, nem para quem vai, nem para quem fica. Porque tem vezes que quem vai, tem vontade de ficar, já quem fica, sente uma imensa vontade de ir.

Mas devo dizer que nesse ir e vir constante da vida há quem prefira as raízes. E não sei o que é mais fácil ou mais difícil, se é ser do tipo que vai ou do tipo que fica. Ainda tem os que vão, desde que a condição seja voltar. Mas é possível ter raízes e asas ao mesmo tempo? Não. Ou se joga a âncora, ou se sai a navegar! Os desbravadores gostam de arriscar, por isso voam, por isso estão sempre içando as velas. Esse estado é atiçado em seus corações como um combustível para suas vidas.

É engraçado perceber como tem gente que não se importa de ficar a vida inteira no mesmo lugar e do mesmo jeito. E pensar que tem gente que não consegue ficar num mesmo lugar por algumas horas apenas e estão sempre mudando. Alguns conseguem reverter isso ao longo da vida, mas acho difícil negar as origens, aquilo que já nasce com a gente: as asas que já abrem quando sonhamos, ou as raízes que já se instalam quando realizamos.

Eu vou confessar uma coisa para vocês: tenho asas, mas também tenho raízes. Acho que as minhas raízes, são na verdade as minhas asas, estas, as únicas coisas que me prendem. Porque às vezes sou do tipo que voa e não do que fica, mas às vezes não sou do tipo que vai, mas sim do que finca.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Não dá para controlar... expectativas!

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Não tem jeito. O ser humano é feito de esperas. Espera demasiadamente por tudo e de todos. Enche sempre o pulmão de anseios e respira esperança.  Tudo espera. Tudo crê. E para tudo cria expectativas!

Vivemos esperando, até acontecer. Enquanto isso, somos consumidos pelas nossas expectativas. É sempre assim. Porque é da nossa natureza esperar que algo que a gente deseja muito aconteça, rápido e do jeito que pensamos. É infinita a nossa capacidade de projetar nas coisas e nas pessoas as nossas vontades. Aí a ansiedade toma conta, desesperadamente.

Mas é preciso lembrar que não temos o poder de determinar as escolhas alheias e nem os rumos da vida. Se nos deixarmos no modo inconsciente, torna-se quase impossível não viver na espera da realização urgente das nossas esperanças, com a certeza e a garantia que as nossas expectativas serão atendidas. Aí é que tá! Esse é o caminho mais fácil para a frustração.

Só que criar expectativas, definitivamente, é uma coisa que não dá para controlar. Mas a coisa chata e até perigosa nisso tudo é quando cometemos excessos. Às vezes depositamos demais nossas fichas em algo ou alguém, esperando além da conta, criando muita expectativa, deixando ela ganhar muito espaço, quando a realidade é bem diferente. E nós sabemos bem que há muita diferença na relação “realidade x expectativa”, né?!

Admito que não é fácil desapegar dessas esperanças que alimentamos, mas é que a gente tem que entender (às vezes na marra) que as nossas expectativas estão muitas das vezes ligadas ao que a gente pensa que precisa. É cômodo sustentar lacunas formadas por carências, quando não enxergamos que não temos “direito” de esperar certas coisas da vida e das pessoas.

Enfim, de alguma forma temos que aprender a perceber quando estamos vivendo à custa das nossas falsas expectativas, das ilusões que nutrimos ao longo da espera, e botar o pé no freio. Há quem diga que para quebrar a cara basta criar expectativas. Eu digo que não. Digo que depende do que você faz quando as suas expectativas são correspondidas ou não.

Pois é, quando o assunto é expectativa, somos sempre expectadores, assistindo a espera e acumulando a esperança que tudo saia como o planejado. Porque esperar a gente vai esperar sempre. Mas sabe qual é o grande problema com as expectativas? É que estamos a todo o momento querendo satisfazer as expectativas dos outros e assim esperando que os outros satisfaçam as nossas. 

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Não dá para controlar... cicatrizes!

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Algumas levam um tempo para curar, às vezes muito. Outras marcam tanto, que não desaparecem nunca. E de fato, é uma coisa que não dá para controlar. Existem as da pele e existem as da alma. Estou falando das cicatrizes.

São muitos os fatores que podem deixar cicatrizes. São traumas às vezes até irreversíveis, não pela dor que causam, mas pelas marcas que deixam. É claro e é muito natural que na vida surjam feridas, afinal, não estamos isentos de nos machucar em algum momento. 

O que importa é o que fazemos com tudo isso, principalmente no controle dos sintomas dos ferimentos. Como a vida é um campo de batalhas diárias, os conflitos são inevitáveis, e por mais difíceis que eles sejam, eles vão nos ajudar a lutar melhor e a aprender que as feridas vem e vão. Mas as cicatrizes, estas permanecem, para nos lembrar sempre das lições de cada combate.

Porque gente, sonhos, amores, relacionamentos, trabalho, na vida em geral, vamos combinar, arranhões são fáceis de acontecer, que dirá lesões maiores! E daí? Viver com medo de cair e se estrepar no chão é que não dá, tem é que correr o risco mesmo. O que não sara, cicatriza. (Ou será que cicatriza porque nunca sara?) Ah, depende da pessoa! Acho mesmo é que as cicatrizes funcionam como um tipo de defesa, um escudo anti-queda, pelo menos, pelo mesmo motivo do machucado. Vai vendo.

É importante lembrar que a cicatrização é um processo fundamental para manter a integridade do corpo humano, tanto quanto para manter a integridade da alma, quando nos ferimos. Assim como uma série de processos orgânicos se instalam no local para tentar recuperar o tecido que foi lesado na pele, na vida, as feridas não podem ficar abertas, nós temos que ser responsáveis por recuperar o pedaço da nossa alma que foi danificado. É verdade. É doloroso, mas é preciso sim.

E sem dúvidas, não há melhor remédio e melhor tratamento para as cicatrizes que o tempo. Não dizem por aí que ele cura todas as feridas? Então... e até onde eu sei, não tem contraindicação. E lembra sobre o controle dos sintomas dos ferimentos que falei? Esse aí não é com o tempo, mas com a gente. Não há tratamento que cure aquilo que não queremos superar.

Mas sério mesmo, acho as cicatrizes muito importantes. Paulo Coelho disse que elas são uma bênção. “Cicatrizes ficam conosco o resto da vida e vão nos ajudar muito. Se em algum momento – por comodismo ou qualquer outra razão – a vontade de voltar ao passado for grande, basta olhar para elas. As cicatrizes vão nos mostrar a marca das algemas, vão nos lembrar dos horrores da prisão – e continuaremos caminhando para frente.”.

Para mim é isso que as cicatrizes têm de mais importante: a possibilidade que temos de seguir em frente. É não deixar que as marcas nos imobilizem. Temos que ter consciência de tudo que carregamos na bagagem, mas, sobretudo, de não deixá-la mais pesada do que já é, e mais que isso, torná-la mais leve a cada dia. Cicatriz, conforme o dicionário - marca deixada no corpo por um ferimento, conforme o que eu penso sobre isso – vestígio que a vida deixa para nos lembrar que somos fortes, aguentamos o tranco e que não para por aí!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Não dá para controlar... não!

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Você já parou pra pensar quantas vezes já levou um não? E quantas vezes você já disse não? Sim, parece que essa palavra está cada vez mais na moda e super presente na nossa vida. Eu acho até que virou automático, de tão comum e incontrolável que ficou dizer não.

É, esta é uma reflexão um pouco difícil, porque os “nãos” que ouvimos tendem a mexer um pouco com as nossas frustações. Isso acontece porque ninguém gosta de ouvir “não” como resposta, parece que vem carregado de negatividade e sentimentos ruins, a ponto de mudar o rumo das coisas, dos nossos planos, dos nossos desejos e botar tudo a perder.

Às vezes é tão difícil engolir um “não”, que até o corpo sente. Um estudo holandês, publicado na revista científica Psychological Science, diz que no momento da recusa há uma queda dos batimentos cardíacos. Segundo os pesquisadores, o sistema nervoso autônomo, que controla funções como digestão e circulação reage quando somos socialmente rejeitados.

Para controlar isso, ou pelo menos amenizar, temos que exercitar nossa capacidade de saber ouvir não, como aquele ditado que diz “o não a gente já tem como resposta”. Pois é, temos sempre que contar com essa possibilidade. Mas ao contrário de todo o significado negativo que o “não” representa, ele pode também significar algo positivo, uma nova possibilidade, nova chance, novo começo. Afinal de contas, o que seria do “sim” se não existisse o “não”?

Tenho pra mim que a inflexibilidade de algumas pessoas, diante dos “nãos” que a vida muitas vezes impõe, está ligada ao fato dessas pessoas não saberem dizer não, assim, quando são contrariadas e colocadas em situações de adversidade, não aceitam. É preciso ser sincero e honesto com a gente mesmo, acima de tudo. A gente não pode dizer sim, quando no fundo, no fundo, quer dizer não.

Mas uma coisa muito importante que eu quero levantar com toda essa história de “não” é a naturalidade com que essa resposta é concebida, sendo regra, e a impossibilidade e falta de vontade de dizer sim, sendo exceção. Ultimamente parece difícil e que não dá para controlar dizer não, mas a gente tem aprender a dizer mais sim para a vida, para o próximo, para os nossos sonhos e até para nós mesmos. Eu vou ficando por aqui, como já dizia Lulu: “Eu vejo um novo começo de era, de gente fina, elegante e sincera, com habilidade, pra dizer mais sim do que não...”.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Não dá para controlar... mudanças!

foto divulgação
Elas podem chegar de repente ou podem acontecer devagar. Às vezes somos nós que queremos, mas também podem surgir quando não temos escolha. Ah, não dá para controlar as mudanças! Mas o que seria da nossa vida sem elas?

As mudanças que ocorrem na nossa vida nos levam a lugares que nunca pensamos e nos ensinam que nada é permanente, que tudo sempre pode mudar. Mas sair da zona de conforto incomoda, não é verdade? Pois é justamente isso que as mudanças fazem com a gente.

Quando estamos nesse estado de conforto, estamos acostumados a certas situações, lugares, pessoas e até opiniões, e isso nos traz uma certa segurança. Já a mudança traz medo, porque desestabiliza todo esse cenário padrão que estamos habituados.

E então como lidar com elas? Acho que a primeira coisa é não temer, e parar de achar que estamos no controle de tudo, porque não estamos. Ninguém nesse mundo está isento de alterações ao longo do percurso. Essa é única coisa que é constante. Mas uma coisa é certa: as mudanças nos capacitam para as adversidades da vida. É aquela velha história do jogo de cintura, com o tempo o gingado vai ficando cada vez mais fácil - ou no mínimo, menos difícil. 

E você já parou para pensar no mundo de possibilidades que as mudanças proporcionam? Pois é, na contramão de qualquer expectativa, as mudanças trazem o desconhecido e aí acontece um processo de adaptação ao novo, um tempo pra digerir tudo, e nesse tempo tem uma infinidade de ensinamentos que abrem espaço para novas habilidades que podemos ter.

Mas e quando nós queremos mudanças em nossas vidas? Devo dizer aquele clichê “só depende de nós mesmos”? Pior que é isso mesmo, quer dizer, melhor que é isso mesmo! As mudanças que dependem das nossas insistentes decisões diárias. É isso que o autor e palestrante Eduardo Zugaib fala em seu livro “A Revolução do Pouquinho”. Para Zugaib as verdadeiras revoluções são feitas em pequenas partes. É preciso incorporar pequenas atitudes à rotina para que, aos pouquinhos, torne-se possível atingir objetivos maiores. “Aquele mau hábito que temos e que precisamos eliminar, ou o bom hábito que desejamos conquistar e consolidar em nossas vidas tornam-se objetivos muito mais atingíveis quando optamos pelo pequeno compromisso diário de mudança, cumprindo-o com determinação, sem concessões”, explica o autor.

As mudanças sempre vão acontecer, mas o que eu acho que temos que buscar com isso é algo que transcende, de dentro para fora. Seja a que provocamos ou aquela que nos acontece inesperadamente, o fato é que as mudanças só vão deixar algum legado na nossa vida quando não forem apenas mudanças, mas sim transformações. E sabe mais de uma coisa? Não tenha medo das mudanças, tenha medo das coisas nunca mudarem!

sábado, 10 de janeiro de 2015

Não dá para controlar... sonhos!

foto divulgação
Dormindo, acordado, com os pés no chão, com a cabeça nas nuvens. Não importa. Acho que tanto quanto o coração precisa bater, nós precisamos dos sonhos para viver.

Eu defino sonhar como um estado de respirar pela alma. E mais, sonhar é um processo de desintoxicação que acontece de dentro para fora. Digo isso porque a realidade tem um grau tóxico bem elevado, aí é necessário sonhar pra liberar essa inalação aguda e diária. Independente se é dormindo ou acordado, acho que em algum momento ambas as formas de sonhar se fundem pela mesma motivação.

O sonho de quando fechamos os olhos e adormecemos é cheio de mistérios e há muito tempo vem desafiando cientistas para tentar desvendá-los. Para Freud esses sonhos são uma busca pela realização de um desejo reprimido e acontecem no sono REM (movimento rápido dos olhos), onde tem uma alta atividade do cérebro. Já para a ciência o sonho é uma imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. E o que essas definições têm em comum? O que vai falei sobre vir de dentro para fora.

Dizem que todos os nossos sonhos tem significados e dizem muito sobre nós mesmos. Ah, mas eu não tenho dúvidas disso! Muitas tradições culturais e religiosas acham que eles são uma extensão da nossa consciência. E eu também. A psicóloga Deirdre Barrett, da Universidade de Harvard, apresentou sua teoria acerca do assunto, na Association for Psychological Science, em Boston, em 2012. E para ela as horas adormecidas podem nos ajudar a resolver quebra-cabeças que nos inquietam durante o dia e que os sonhos podem ajudar o cérebro na resolução de problemas.

E quando não dormimos e sonhamos de olhos bem abertos? Considero que também é uma expansão da nossa consciência, uma busca pela realização de um desejo (reprimido ou não), imaginação do nosso inconsciente e que nos ajudam a resolver muitas inquietações da nossa vida. Sabe aqueles clichês que todo mundo fala: “nunca desista dos seus sonhos”, “acredite nos seus sonhos”, então, tudo verdade! É um combustível humano, quiçá indispensável. Pessoas são movidas por sonhos, e estes são movidos pelo coração.

Se “viver ultrapassa qualquer entendimento”, como já dizia a poetiza, eu digo então que sonhar ultrapassa qualquer realidade. É uma eternidade muito lúcida dentro da gente, pois nos mantém com a capacidade de nos colocar de lado algumas vezes e realizar os desejos da alma. Imagine se não pudéssemos escapar mentalmente de vez em quando? Ah, seria mesmo terrível! Mais sonhos, por favor!

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Não dá para controlar... diferenças!

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Estive pensando em como seria chato o mundo sem as diferenças que nos cercam. E elas são muitas: crenças, etnias, gostos, costumes, preferências, religiões, pensamentos, etc. Vivemos em um mundo repleto de pluralidade e é isso que deixa a vida mais interessante, sabe?! O desafio é conviver com todas essas diferenças.

E tenho que confessar que uma das melhores coisas que existe para mim é ser instigada pela diferença de pensamento, porque não há nada mais estimulante que discutir – digo discutir no bom sentido, debater ideias – é sempre bom enxergar as coisas de um ponto de vista que não é o nosso.

Mas sabemos que nem sempre é assim, porque não é todo mundo que pensa dessa forma. Ah, mas não é mesmo! Infelizmente existe todo um universo acerca dessa diversidade que extrapola o limite da tolerância, de aceitar aquilo que é diferente de você, mesmo não concordando. E é esse o ponto!

Ninguém é obrigado a concordar, com absolutamente nada que nos é sugerido ou mesmo imposto, somos livres para fazermos nossas próprias escolhas, mas justamente pela liberdade de preferir um a caminho a outro, é que temos o dever, sim, o dever mesmo, de, no mínimo, respeitar as preferências e escolhas alheias. Embora exista muita gente que tem o incrível dom de não fazer isso. E essa definitivamente é uma coisa que me incomoda muito: gente que vive em bolhas, mas para mim é puro disfarce, de algo muito pior do que um simples “não me toque”.

Não querer enxergar que toda pessoa tem seu jeito e suas particularidades, vamos combinar, é muita falta de originalidade. Mas, brincadeiras a parte, as diferenças existem e devemos aprender a lidar e nos acostumar com elas, acima de tudo com respeito. E o psicólogo Antenor Salzer fala o que eu concordo e muito: “As divergências de gostos e opiniões estão presentes em tudo na vida. É aprendendo a lidar com elas que as pessoas amadurecem.”.

Ainda bem que eu não sou igual a você e nem você igual a mim, né?! Aliás, só tem uma coisa em que somos iguais, é que somos diferentes. Viva!