domingo, 30 de novembro de 2014

Não dá para controlar... o que os outros pensam!

foto divulgação
Definitivamente não dá para controlar o que os outros pensam. Porque eles sempre vão pensar. Nós sempre vamos pensar o que quer que seja sobre os outros, mesmo que involuntariamente. Mas até que ponto isso interfere na nossa vida?

Mesmo quem não queira admitir, todos têm uma ponta de preocupação com a opinião alheia sim. O psiquiatra Roberto Shinyashiki explica: “O ser humano precisa se sentir importante e, por isso, a opinião dos outros vira referência do quanto é amado. A partir daí, infelizmente, muita gente faz o que não quer só para agradar e se sentir aceito”.

E aí é que está a minha resposta para a pergunta acima. Vai interferir ou não na nossa vida, dependendo do nosso grau de preocupação com essa aceitação social, o que é uma grande loucura, porque ninguém consegue agradar a todos. E muito menos, achar que pode impedir qualquer julgamento sobre você. Ledo engano, não pode! 

Mas não sejamos tão prepotentes, de achar que o mundo gira ao nosso redor. Acredite você ou não, não somos tão especiais assim! Um estudo realizado pela National Science Foundation revela que uma pessoa tem mais de 50 mil pensamentos em um dia. O que significa que, mesmo que alguém pensar em você mais de 10 vezes por dia, isso será equivalente a apenas 0,02% de todos os pensamentos que ela teve naquele dia. Ufa!

Agora, tem muita gente que não sabe disso e faz o que não quer só para se sentir aceito. E eu digo uma coisa para vocês, ninguém merece se curvar a certas pressões em detrimento de suas próprias escolhas. É, mas tem gente que exagera nesse ponto e gasta a sua energia tentando cumprir as expectativas alheias, passa a tomar atitudes baseadas no que as outras pessoas vão achar, e não no que realmente acredita. Assim, acaba vivendo um personagem prisioneiro de si mesmo, a um preço muito caro que é a liberdade.

Mas esses “outros” a quem me refiro, não são aquelas pessoas próximas a você, porque a estas, reservamos um cuidado maior e há uma certa cobrança interna acerca das expectativas dessas pessoas tão queridas, mas também há uma compreensão maior da parte delas, porque afinal de contas gostam e aceitam você como você é e é isso que importa. Então seja o que você é sem se preocupar com o que você parece ser ou com o que os outros pensam, pois como já dizia Bob Marley: “os que os outros pensam é problema deles.”.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Não dá para controlar... falta de tempo!

foto divulgação
Quanto tempo você tem para perder tempo? Você já pensou nisso? Porque até pra pensar, hoje em dia, às vezes nos falta tempo. E perder esse bem tão valioso na sociedade em que a gente vive é um pecado quase que mortal, visto que o ritmo é frenético e não perdoa.

Isso acontece porque a gente vive acelerando, o tempo todo atropelando as coisas e não pisa no freio nunca. No domingo a gente já pensa na segunda, na segunda a gente já pensa na terça, em novembro a gente já pensa em janeiro, e por aí vai, um excesso de antecedência descabido. Não estou falando aqui de não se planejar ou não pensar e enxergar o futuro. Não. Estou falando meus caros, do lado qualitativo do nosso tempo e da necessidade que a gente tem (ou parece ter) de fazer uma coisa pensando em outra, ou de estar sempre fazendo e sempre pensando.

Mas até que ponto essa correria que a gente vive é saudável? A gente tá sempre ocupado e sempre falta tempo pra tudo. Tem dia que eu chego a pensar porque o meu dia não tem mais de 24 horas. E tem dia que eu não desligo, continuo funcionando, produzindo, mesmo dormindo. Oh céus! Pra quê?! Acho que saudável mesmo é perder tempo de vez em quando. Sim, perder tempo, isso é uma sabedoria. E eu poderia até lançar uma máxima agora: falta de tempo é para os fracos, os fortes sabem perder tempo. E a qualidade que eu falo pra vocês do tempo, está também aqui em como perdê-lo.

O escritor e jornalista Fabrício Carpinejar tem uma crônica chamada “Tempo é ternura” e ele fala sobre o quanto perder tempo faz bem para as relações humanas e que perder tempo é a maior demonstração de afeto. Ele diz: “Perder tempo é transformar a agenda concorrida e lotada em diário, ou seja, intensificar os gestos (...) intensidade é paciência, é capricho, é não abandonar algo porque não funcionou. É começar a cuidar justamente porque não funcionou.”.

E eu digo a vocês: saber perder tempo é parar de querer controlar a rotina o tempo todo e viver acima dessa obsessão maluca e desenfreada de não estar onde você está ou de estar aonde você ainda vai estar. Permita-se viver na cadência do seu tempo. Perca tempo!  



segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Não dá para controlar... saudade!

foto divulgação
Ela chega sem pedir licença e nem diz quando vai embora. Ela é intensa. É um vazio sem fim. Pode te fazer rir ou chorar. É a ausência mais presente na nossa vida. Eu tô falando da saudade. Qual é a sua?

A gente conhece a saudade por um sentimento que é causado pela falta ou distância de algo ou alguém. E curiosamente essa é uma palavra própria da nossa língua. Isso mesmo. Saudade não tem tradução literal nas outras línguas. Uma palavra cheia de significados e tão difícil de traduzir, ao ponto da empresa britânica Today Translations colocar a saudade como a 7ª palavra mais difícil de traduzir do mundo, em uma lista feita por mil tradutores profissionais.

E mais curioso ainda é o seu surgimento. Reza a lenda que a palavra saudade surgiu com os portugueses, na época do descobrimento do Brasil. Os lusitanos eram acometidos por um sentimento avassalador, que definia a solidão que eles tinham ao ficar longe da sua terra e da sua família. E a saudade ganhou tamanha proporção, que no Brasil tem um dia só para ela. Dia 30 de janeiro é comemorado o dia da saudade. É saudade, tens muita história para contar!

E põe história nisso, viu?! A saudade e tudo o que ela provoca é um dos sentimentos mais utilizados nas músicas, nas poesias e nas histórias de amor. Tudo isso motivado pela imensa vontade de estar com uma pessoa ou de reviver certos momentos.

Mas, há saudades e saudades. Tem saudade que é dor, que aperta tanto o peito, que escorre pelos olhos quando a gente lembra alguém muito querido que já se foi. Tem saudade que é de alguém que tá bem perto e bem longe, ao mesmo tempo. Tem saudade que vem por um cheiro, um lugar, uma música ou uma comida. Tem saudade que faz a gente rir, dá uma sensação de felicidade e uma boa pitada de nostalgia, por uma época boa da nossa vida. Tem a saudade das coisas que acabaram. Tem saudade de momentos inesquecíveis, que valem a pena viver só para curtir a saudade depois. Ai, que saudade!

E cada um de nós manifesta e convive com “as nossas saudades” de maneiras bem diferentes e muito particulares. Tem gente que não gosta nem de pensar no assunto e tem gente que gosta de alimentar sempre e viver da saudade, ou melhor, da lembrança. E eu, tenho saudade até do que eu ainda nem vivi, porque no fim das contas, a saudade é o que a gente não quer esquecer.